Depois da trégua da chuva, o fim de semana de sol levou centenas de pessoas para a 49ª Feira do Livro de Santa Maria, na Praça Saldanha Marinho. Muitos procuravam presentes para o Dia das Mães, comemorado neste domingo. Também foi o momento para os passeios em família. A professora Greice Raquel Mobs, 59 anos, levou o filho Marcelo, 9 anos. Eles tiraram fotos nos espaços infantis e assistiram a um espetáculo musical no teatro antes de percorrer as bancas em busca de um título para o pequeno:
– A gente sempre vem. Eu achei tudo muito bonito esse ano, com mais atrações para as crianças. Estou ansiosa semana que vem para levar ele no trenzinho.
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A massoterapeuta Sônia Machado Maia, 68 anos, vai passar o Dia das Mães longe dos filhos, mas não deixou de ganhar presentes do marido, com quem passeou pela feira neste sábado. Ela celebrou o fato de poder caminhar pelo evento depois de dois anos de restrições e cuidados.
– Como gostamos muito de ler, é uma emoção voltar para a feira. Estou muito feliz. É um momento diferente, mas vai ficar melhor. Os filhos estão longe, então fico emotiva, mas ganhei presente do marido, um livro e um sapato – disse, aos risos.
Até sexta-feira, 12.500 livros já haviam sido vendidos. Em comparação a 2019, última feira antes da pandemia, os números são pequenos. Um dos motivos é a crise econômica que tem feito a população encolher as despesas. Apesar disso, a avaliação é positiva, já que a feira representa um movimento de retomada em vários aspectos.
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– A feira é multicultural. Não temos um evento desse tamanho, com essa multiplicidade de coisas acontecendo ao mesmo tempo. A feira é o maior evento literário do interior do Rio Grande do Sul. A crise não é só nossa, é em nível mundial. As pessoas acabam priorizando outras coisas, mas o importante é esse movimento, e os livreiros estão faceiros – avalia a secretária de Cultura, Rose Carneiro.
Mesmo com as vendas mais tímidas, os livreiros comemoram a oportunidade de voltar à praça e retomar as vendas e o contato com o público.
– Estou satisfeita, as pessoas estão muito interessadas. Vendemos livros da doutrina espírita que traz mensagens de harmonia e compreensão, algo que estamos precisando nesse momento. Acho que por ser véspera do Dia das Mães, o movimento está mais intenso – salienta a vendedora voluntária Maria Elaine Cavalheiro, 67 anos.
Há livros para todos os gostos e bolsos, com opções por até R$ 5,00. A expectativa é que este fim de semana seja o de maior movimento desde que a feira começou, no dia 29 de abril.
– Para nós, tem sido um prazer retornar para a praça. No outro ano o público não foi alto, então retornar esse ano depois de tudo que aconteceu, com o público tendo contato com o livro e com os autores, e a gente podendo socializar com o cliente, é maravilhoso – comemora o vendedor Lorenzo Brezolin, 24 anos.
A 49ª Feira do Livro vai até 14 de maio, na Praça Saldanha Marinho. A programação completa pode ser conferida no site.